As estatinas são medicamentos usados em larga escala para ajudar, entre outras coisas, a inibir o colesterol LDL (o colesterol “mau”). Mas seria a Dieta Mediterrânea tão eficaz quanto?

Em um artigo¹ publicado em 2013 pelo The New England Journal of Medicine, foram demonstrados resultados bastante otimistas acerca da Dieta Mediterrânea: pacientes de alto risco diminuíram as chances de sofrerem um ataque cardíaco, AVC ou morte repentina por algum tipo de doença cardíaca em 30%. Em comparação, outro estudo² publicado pelo Professional Heart Daily em 2009, mostrou que as estatinas, tradicionalmente usadas para o tratamento e prevenção desses mesmos problemas, apresentou uma taxa de 44% de eficácia.

Mas a Dieta apresenta benefícios extras em relação às estatinas, de acordo com os pesquisadores: ajuda a diminuir o declínio cognitivo, o risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer e inclusive de diabetes. Claro que ela não é 100% eficaz em todos os casos, e se assim for com doenças cardíacas, as estatinas podem ser introduzidas sem dificuldade. Há também o caso de vários pacientes que, por já estarem se medicando, acreditam não necessitarem mais de exercícios físicos e uma dieta balanceada, e isso pode se tornar um grande problema. Um tratamento completo para, por exemplo, hipertensão, inclui esses dois fatores como cruciais para o manejo correto da enfermidade.

Mas e no que consiste a Dieta Mediterrânea? Nada complexo e difícil de achar: azeite, nozes, frutas e vegetais da estação, peixes, aves e vinho em moderação – uma variação vegana é possível e bastante fácil de assimilar, apenas substitua as carnes por outras fontes de proteína (como sugerimos AQUI e AQUI) e Omega 3 e 6. É importante ressaltar que ela passa longe de laticínios e carnes vermelhas, especialmente processadas.

Em contrapartida, advertimos aqui que é desaconselhável a interrupção do tratamento tradicional, em especial para pacientes de alto risco. A Dieta deve ser encarada como um auxiliar, mesmo que estudos¹ indiquem que possa ser utilizada como principal agente de controle e prevenção. De qualquer forma, é importante lembrar de consultar seu médico antes de mudar sua rotina alimentar.

 

¹Para consultar a pesquisa mencionada (em inglês), clique AQUI.

²Para consultar a pesquisa mencionada (em inglês), clique AQUI.

 

Fonte da imagem: /Pixabay.