Já sabemos há alguns anos que o pão branco e grãos refinados não são alimentos ricos em nutrientes. Por isso os nutricionistas nos indicam a comer alimentos de origem integral. Porém, nem todos os alimentos ditos integrais contém somente grãos integrais. Existem alimentos considerados integrais que possuem farinha refinada pulverizada na sua composição.
Os amidos do pão são quebrados facilmente e rapidamente pelo trato digestivo e entram na nossa corrente sanguínea como glucose. Isso causa um pico muito rápido de açúcar no sangue e aumenta os nossos níveis de insulina – inclusive o pão branco dá um pico de insulina mais rápido do que muitos doces. Quando o açúcar do nosso sangue sobe muito rápido, ele também desce rapidamente. E quando ele desce, ficamos com fome. Essa é a montanha russa que sofrem as pessoas que consomem dietas ricas em carboidratos. Logo depois que comem, essas pessoas ficam com fome de novo, o que faz com que elas consumam mais carbo.
O pão contém muito glúten
O trigo é composto por diversas proteínas, sendo uma delas o glúten. Essa proteína possui propriedades parecidas com a de uma cola, e é responsável pelas propriedades viscoelásticas que a massa do pão possui. Existem muitas pessoas que são celíacas, ou seja, intolerantes ao glúten. Para saber se você é celíaco, basta remover o glúten da sua alimentação por 3o dias e depois reintroduzir ele, prestando atenção nos efeitos que isso tem na sua saúde. Porém ele é perigoso para a maioria das pessoas, não somente para aqueles que possuem diagnóstico da doença.
Quando nós comemos pão que contém glúten (trigo, centeio e cevada), nosso sistema imunológico ataca as proteínas do glúten. Estudos controlados em pessoas sem doença celíaca mostraram que o glúten machuca as paredes do trato digestivo, causando dor, inchaço, cansaço e fezes inconsistentes.
O pão pode conter outros ingredientes ruins
A maioria dos pães vendidos em supermercados e padarias possuem açúcar ou algum outro tipo de adoçante, assim como todas as outras comidas processadas. O açúcar causa diversos efeitos adversos e consumir alimentos ricos em açúcar coloca a sua saúde em risco.
Além disso muitos dos grãos contém em sua composição o anti nutriente “ácido fítico”. Ele é uma molécula que liga minerais como cálcio, ferro e zinco, impedindo que ele sejam absorvidos pelo organismo. Deixar os grãos de molho antes de utilizá-los no preparo de alimentos ajuda a diminuir a concentração de ácido fítico, o que torna a absorção de minerais melhor.
O pão é pobre em nutrientes essenciais
Não existe nenhum nutriente no pão que você obtenha exclusivamente através do consumo dele. Até mesmo o pão integral não é tão rico em nutrientes como você pensa. Ele não é somente pobre em nutrientes se comparado a outros alimentos, como reduz a absorção de nutrientes oriundos de outras comidas.
- Caloria por caloria, pães de grãos integrais contêm menos nutrientes que os vegetais, por exemplo.
- O ácido fítico bloqueia a absorção de minerais como ferro, zinco e cálcio.
- Machucando os revestimentos intestinais, o glúten diminui a absorção de todos os nutrientes
- Grão não possuem os aminoácidos essenciais e são fontes pobre de proteínas para os seres humanos.
- A fibra do trigo pode fazer com que o seu corpo queime os estoques de vitamina D muito mais rapidamente, contribuindo para deficiência vitamínica
Se você vai comer pão, opte pelo integral
É verdade que o pão integral é melhor para a sua saúde do que o pão branco. Eles contêm mais fibras e nutrientes que a versão refinada. Além disso se o pão é feito com grãos que foram colocados previamente de molho – antes de se tornarem pão, é claro – eles são mais saudáveis do que os outros pães, pois contêm menos concentração de ácidos fáticos.
Editado em 08/08/2018 à 0h13min
Um leitor nos lembrou que existem os pães de fermentação lenta, que possuem índice glicêmico mais baixo que os outros, além menos carboidratos e maior teor nutricional. Se você é sensível ao glúten, pode não ter problemas com o consumo desses pães, já que eles inclusive contribuem para o aumento da quantidade de bactérias benéficas ao intestino.
Mas, cuidado: é importante ter clareza da diferença entre quem tem uma leve sensibilidade ao glúten para a alergia a essa substância ou mesmo a doença celíaca. Nesses casos, os pães de fermentação lenta NÃO são recomendados.
A diferença entre a fermentação lenta e a convencional, é que os pães fabricados em escala comercial precisam ficar prontos rápido. Aqui, o que importa é a quantidade e não a qualidade nutricional do alimento. Isso sem contar na qualidade dos outros ingredientes empregados como a farinha, os açúcares e as gorduras que vão na massa.
Você já teve problemas com o pão? Como foi sua experiência? Gostaríamos muito de saber. Conta pra gente!
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Informações bem vagas e talvez um pouco tendenciosas…. poderiam mencionar sobre os pães de fermentação lenta que possui índice glicêmico mais baixo do que outros pães; maior teor nutricional; menor teor de carboidratos; sua digestão é mais fácil, até mesmo para aqueles que são sensíveis ao glúten; aumenta o teor de bactérias benéficas no intestino…
e que pães de padarias convencionais tem o processo de fermentação acelerado visando apenas a produção em quantidades e não a qualidade nutricional do alimento… sem contar os melhoradores de farinha, açucares e gorduras que adicionam na massa… será mesmo que é o pão o vilão da história? sendo que é consumido por milhares de anos e somente na última década surgindo muitas pessoas intolerantes ao glúten.
Perfeita sua observação, Padeiro! O artigo deixa de citar os pães de levain e de fermentação lenta. Suas observações são muito pertinentes e deveriam ser adicionadas ao artigo, pois são verdadeiras.