A falta de experiência e conhecimento  pode ser um grande perigo para quem quer constelar, tecer uma crítica ou quem quer atuar nesta área.

Às vezes, o próprio termo Constelação Familiar leva a conclusões equivocadas sobre este trabalho, como se fosse relacionado à astrologia, espiritismo, religião, … o que de fato não tem nada a ver. O termo foi trazido do alemão e talvez uma outra possibilidade de tradução seria ‘Representação Familiar’. Pois de fato, a técnica usa como recurso a “representação” das pessoas que fazem parte do sistema familiar. É como se a imagem interior que a pessoa tem do seu sistema familiar fosse projetada externamente durante esta representação familiar. Assim, o termo Constelação também faria sentido se entendido que as pessoas estão posicionadas umas em relação às outras, assim, como “estrelas numa constelação”.  Durante a representação é possível observar movimentos, mudanças de posicionamentos dos representantes, que geram mais leveza e harmonia para o  sistema e para a pessoa constelada.

Bert Hellinger, o alemão que desenvolveu esta abordagem não se esforçou em explicar as razões que justificam o que ocorre nas Constelações, mas apenas se aprofundou no modo de usar. Já o cientista inglês Rupert Sheldrake, trouxe alguma luz a este tema, ao criar a teoria do campo morfogenético. Ele mostra, através de experimentos e evidências na natureza,  que este campo parece ser algo tão natural que é acessado por pessoas e animais.

Outros, confundem a Constelação com manipulação da mente, poder de sugestão, indução ou hipnose. Apesar da hipnose ser uma abordagem usada para fins terapêuticos, a Constelação não lança mão deste recurso. Nenhum destes recursos é usado na Constelação, aliás,  meu cliente é orientado a ficar com os olhos bem abertos todo o tempo, para mantê-lo bem acordado e presente. Alguns sugerem que se trata de uma ‘encenação teatral”, mas com certeza, não é. E além disso,  na abordagem que uso nos atendimentos online é o próprio cliente quem é o representante e é ele quem experimenta e relata as sensações de estar no campo.

Mas considerando que a abertura do cliente é essencial para bons resultados na Constelação, recomendo que se você percebe que isto pode te trazer algum conflito religioso ou com suas crenças de algum modo, não constele. Respeite o fato que seu coração não está aberto e está tudo bem.

De fato, a Constelação Familiar pode trazer bons resultados em várias áreas da vida, como relacionamentos pessoais ou profissionais, trabalho, finanças, saúde.  Mas há muita informação na internet, e alguém pode “vender a idéia de que tudo  vai mudar como num ‘passe de mágica’ após a Constelação Familiar. Como se ela substituísse os seus esforços pessoais ou pudesse ‘forçar’ os resultados que te convém. E o pior, pode acontecer de você ‘comprar” esta falsa idéia. Vá com calma! Às vezes, a sua dor incomoda tanto, que você está disposto a qualquer coisa para se livrar dela. Mas convém, usar a sabedoria do seu coração para te guiar.

Não posso negar, que meus clientes percebem a Constelação Familiar como uma “virada de página”. . A maioria relata um alívio, uma libertação, uma leveza que se inicia na própria Constelação. Como me disse uma cliente uma vez, “parece que estou até sentindo falta de um peso que não faz falta”. E ela nem percebia que carregava tanto “peso”. Sem este ‘peso’, os esforços pessoais se tornam mais produtivos e as escolhas na vida, mais claras.  Mas o que emerge da Constelação é sempre algo bom para todo o sistema familiar e não apenas para a pessoa que constela. Por isto, quem deseja constelar, precisa vir com expectativas em aberto, sem desejar forçar resultados.

Para aqueles que não tem esta abertura de expectativas, eu não recomendo constelar.

Outro perigo, é que muitas vezes estamos tão presos ao trauma e ao drama, que temos medo de ficar sem eles. Você já deve ter ouvido a frase: “tá ruim, mas tá bom!”. A gente se acostuma com o ruim e o ruim se torna o familiar. E por mais estranho que pareça, o familiar é mais seguro que algo novo que possa surgir. Como se fosse ruim só porque é novo. Além disso, quem você seria sem esta dor? E se esta dor, for a dor que você ama odiar? E se esta for a sua dor e você não estiver disposto a abrir mão dela? E se para abrir mão dela, você precisasse abrir mão do seus julgamentos e pontos de vista?

Sempre oriento muito bem meu cliente para que ele venha apenas quando perceber que está realmente aberto, aberto para soluções que ele nunca considerou, disposto a abrir mão de julgamentos e pontos de vista fixos que só servem para causar dor, e confiar na experiência de constelar.

Alguns consteladores trabalham numa linha mais racional  e de tomada de consciência, mas eu uso mais a intuição e amorosidade nas Constelações. Eu trabalhei muito com a lógica no mestrado e doutorado e também uso a tomada de consciência quando trabalho questões no campo individual, dentro do programa Viver mais Leve. Mas com as Constelações, foco na transformação de sentimentos e na amorosidade que vai se revelando dentro do sistema familiar, sem a necessidade de explicações lógicas. Acredito que se pensar, racionalizar e  explicações fossem o suficiente, você já estaria com tudo resolvido.

Assim, é muito importante, que ao escolher o seu constelador/a, você perceba, sinta ou reconheça afinidades que gere conexão e confiança.

Comente o post, deixe sua opinião e suas dúvidas, será uma satisfação responde-las.

Um carinhoso abraço

Lara Silva

Transforme nós em laços com a Constelação Familiar ONLINE.