Esse jargão ficou famoso depois de pronunciado pela ex primeira ministra britânica, Margaret Thatcher. A “Dama de Ferro” enchia a boca para dizer que dormia apenas quatro horas por noite. Também outros líderes ostentam o troféu “insone do ano”: Donald Trump dorme aproximadamente 3 a 4 horas por noite e o governador paulista, João Dória, também fica cerca desse tempo com a cabeça no travesseiro.

Então, será que dormir pouco é sinônimo de sucesso?

A redução do tempo de sono é marca da sociedade em que vivemos. A cultura da sociedade 24/7, ou seja, sociedade que funciona 24 horas por dia durante 7 dias na semana repercute em mudanças no estilo de vida que muitas vezes negligenciam o tempo de sono. Enquanto uns dormem demais e outros dormem de menos, a Fundação Nacional do Sono dos Estados Unidos recomenda uma média de 7 a 9 horas de sono para os adultos, e por volta de 6 a 8 horas para os idosos. Já os adolescentes deveriam dormir por volta de 8 a 10 horas e as crianças em idade escolar 9 a 11 horas por noite. A partir desses dados, não é difícil perceber que somos uma sociedade privada de sono, atualmente (e o que preocupa) desde a infância.

É sabido que dormir menos de 6 horas por noite pode trazer consequências, não só imediatas no dia seguinte, mas também a longo prazo. Algumas consequências de dormir pouco, ou até nada, por uma noite inteira são facilmente reconhecidas: cansaço, fadiga, sonolência, dificuldade de concentração e alterações no humor.

Dormindo pouco, você está mais propenso a tomar decisões arriscadas, esquecer o que fez e geralmente agir um pouco como idiota. Pior ainda, dirigir cansado é tão perigoso quanto dirigir bêbado; a sonolência é uma das principais causas de acidentes de trânsito no Brasil, segundo o Conselho Nacional de Trânsito

Além das consequências agudas da privação de sono, a redução crônica do tempo de sono repercute em diversas consequências negativas para a saúde, aumentando risco para doenças cardiometabólicas, como obesidade, hipertensão, acidente vascular encefálico (AVC) e diabetes. Além disso, também há evidencias associando a privação crônica de sono a doenças neurodegenerativas como Alzheimer e até câncer.

Bem, respondendo à pergunta anterior, não é bem assim… O também ex-primeiro ministro do Reino Unido, Winston Churchill, que ficou famoso por manter uma cama nas casas do parlamento, acreditava no poder do aumento do poder do seu cérebro às sestas. Tanto é que teria creditado a sua vitória na liderança na batalha da Grã-Betanha às suas sestas. Bill Gates (fundador da Microsoft), Tim Cook (CEO da Apple) são outros que mantém uma média de 7 horas de sono todas as noites.

Portanto, encontre o seu tempo de sono ideal (aquele em que você dorme e acorda recuperado, sem necessidade de despertador, e com disposição física e mental para as tarefas do dia) e procure manter uma rotina de sono respeitando a necessidade do seu corpo. Manter hábitos saudáveis para o sono, como evitar exposição a aparelhos eletrônicos próximo ao horário de dormir, e evitar ingerir bebidas cafeinadas ou bebidas alcoólicas, ajudam a ter uma noite de sono com qualidade.

Dormir com qualidade e quantidade ideais é essencial para a saúde e bem-estar.

Valorize seu sono! Ele faz parte do seu sucesso!

Até a próxima!