Estudos sobre os efeitos positivos da meditação à curto prazo são cada vez mais comuns. De benefícios para o sono e emagrecimento, até estresse e ansiedade, pesquisas tem mostrado uma infinidade de motivos para começar a meditar e poder alcançar resultados paupáveis em até oito semanas. Mas quando tratamos da prática a longo prazo, as possibilidades de retornos positivos são ainda maiores.
Apenas para citar um exemplo: nossas células são formadas por sequências de DNA, protegidas em suas extremidades por “capas” protêicas chamadas de telômeros. Os telomeros ajudam as células a se multiplicar, e com o passar do tempo seu tamanho vai diminuindo naturalmente – quanto mais as células se multiplicam, mais os telômeros vão encurtando. É um processo natural e gradual de envelhecimento: os telômeros encurtam e nossas células morrem. Pode-se dizer, na verdade, que o envelhecimento de uma pessoa é um dos efeitos do encurtamento dos telômeros. E apesar de natural, alguns fatores como o consumo de álcool e drogas, além de tabagismo e exposição à metais pesados, aceleram este processo. Mais recentemente, porém, um estudo (1) publicado por pesquisadores das Universidades da California, Ohio e Utah, mostrou que o estresse também está no rol de complicantes do encurtamento dos telômeros. E é aí que a meditação pode ajudar.
Combater o estresse para viver mais
Os mesmos pesquisadores, cinco anos aprós o primeiro estudo, publicaram um segundo artigo (2) sugerindo que a meditar poderia ter impactos diretos sobre a redução do estresse e, consequentemente, a preservação dos telômeros. Esta ideia foi posta a prova (3) em 2013 por um pesquisador da Universidade de Harvard, que estudou dois grupos de controle: um que meditava e outro que não meditava. Os dados coletados dessas pessoas, que incluíram exames médicos, mostraram que aqueles que tinham anos de prática possuíam telômeros mais longos do que outras pessoas com a mesma faixa etária e que não meditavam. Isso corrobora com a ideia inicial de que a meditação, devido aos seus efeitos positivos sobre as células, ajuda a prevenir o envelhecimento precoce e, consequentemente, a proliferação de doenças em nosso organismo.
Meditação e saúde cerebral
Mas os benefícios da meditação para o envelhecimento são ainda mais extensos: a saúde de nosso cérebro, por exemplo, pode ser direta e positivamente afetada por ela. Vários especialistas tem afirmado que meditar pode alterar nossa estrutura cerebral, como foi mostrado (4) por pesquisadores do Massachussets General Hospital em parceria com a Universidade de Harvard: eles avaliaram a espessura das matérias cinzentas e brancas de vários pacientes, e descobriram que aqueles que, em uma faixa etária de 40 a 50 anos, mantinham o hábitos de meditar, possuíam estrutura cerebral semelhante à pessoas saudáveis, que meditavam ou não, que tinham entre 20 e 30 anos de idade.
Envelhecer pode parecer assustador, mas são nossos hábitos hoje determinarão nossas experiências daqui a alguns anos, e a meditação pode ser uma grande aliada para quem quer encarar a velhice com corpo e mente equilibrados e saudáveis.
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(1) Para acessar a pesquisa citada (em Inglês), clique AQUI.
(2) Para acessar a pesquisa citada (em Inglês), clique AQUI.
(3) Para acessar a pesquisa citada (em Inglês), clique AQUI.
(4) Para acessar a pesquisa citada (em Inglês), clique AQUI.
Foto: Jonn Leffmann