Carolina até andava cabisbaixa, afinal, tanta culpa pesava-lhe nos ombros. Ela se culpava por não ser a mãe que seu filho gostaria que ela fosse. Ela se culpava por ele ter entrado no mundo das drogas. Ela se culpava por não estar tão presente o tempo todo. Ela se culpava por amar tanto seu trabalho e isto deixar o filho com ciúmes.
Desde cedo, Carolina aprendeu a se culpar. Seus pais a corrigiam insistentemente na ânsia de que ela fosse a filha perfeita. Com isto, foi natural Carolina criar uma imagem defeituosa e nunca suficiente de si mesma. Daí se culpar por tudo o que acontecia ao seu redor era uma consequência natural.
E é claro, Carolina aprendeu cedo que os culpados merecem ser castigados. Cada erro que Carolina cometia, parecia uma sentença perpétua de condenação. Logo, culpa significa castigo, e castigo eterno.
Carolina nunca culpava os outros, mas era cruel consigo mesma. Para Carolina não existia compaixão e perdão. Apenas o peso da culpa, que aniquila tudo!
Carolina não sabia que culpa é poder. E se num passe de mágica a palavra culpa não existisse mais, e no lugar dela, existisse apenas a palavra PODER, como seria a vida da Carolina?
E se Carolina percebesse que não dá para tirar do outro o PODER que lhe cabe?
E se assumir a culpa pelas escolhas do filho fosse a melhor maneira de Carolina tirar dele o PODER de transformar a própria vida?
E se deixar de ser tão satisfeita com o trabalho, fosse a melhor maneira de Carolina contribuir com mais frustração na sua vida?
Como seria Carolina assumir todo PODER e fazer novas escolhas?
E se ao invés de bater no peito e dizer: ‘Por minha culpa, por minha tão grande culpa! Ela dissesse: ‘Por meu PODER, por meu tão grande PODER!’ . Como Carolina se sentiria?
Se a cada vez que Carolina fosse se culpar, ela se empoderasse, como seria a vida dela?
Pense nisto!
Confira também o post anterior: ‘De quem é a culpa?’
Continuamos no próximo post…
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Um carinhoso abraço.
Lara Silva