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Acabo de voltar de um Retiro, o segundo que participo com os queridos: Bruno Andante (Andante PsicoArte), Miho Mihov e Jaya Devi (Sattva Tantra), servindo como voluntário na Cozinha.
Não quero falar do Retiro em si, mas deixo os links para quem tiver curiosidade de conhecer um pouquinho sobre a proposta. Eu recomendo muito. Quero falar sobre uma das práticas do Retiro: o Silêncio.
Logo que se inicia o Retiro, fazemos um Voto de Silêncio. O Silêncio aqui é uma ferramenta para a auto-investigação. E, incrivelmente, quando colocamos de lado a fala, parece que amplificamos o ‘ruído’ interno da mente. Aí sim, percebemos que ‘Silêncio’ é um tanto relativo. Assim como ruído.
Claro que, num Retiro, várias etapas desse processo ‘silenciar’ são aceleradas: estávamos em contato direto com a Natureza, num ambiente calmo e bastante ‘silencioso’. Praticávamos meditação, Yoga, dança, alimentação vegana. Várias práticas complementares para nos trazer para o momento Presente e acessar esse ‘lugar’ do Silêncio.
Nesse processo auto-investigativo, usando o silêncio verbal para chegar ao Silêncio interior, vamos, aos poucos (e no começo acontece em momentos pontuais apenas), tomando consciência experimentalmente de que Silêncio é exatamente o que nós Somos. Se deixarmos ir tudo aquilo que é impermanente e ficarmos apenas com o que É, percebemos que Somos uma Presença Consciente e Silenciosa, que observa tudo o que se passa.
Mesmo quando há ‘ruído’ externo ou interno, o Silêncio não deixa de estar lá. O Silêncio é justamente o “Plano de fundo”, onde o ruído acontece. Porém todo ruído é temporário, ele vem, acontece por um tempo e vai, seja ele a fala, as sensações, ou os pensamentos em nossa mente. Todo ruído acontece a partir da Mente, nossa ferramenta de criação da dualidade. Na dualidade costumamos perceber tudo de forma ‘separada’: Bem e Mal, Certo e Errado, Espiritual e Material, Eu e você, Corpo e Alma. Eu e Deus, e essa percepção com certeza é útil até certo ponto.
Porém é apenas trazendo uma perspectiva ‘não-dual’ da realidade que acessamos nossa Verdadeira natureza: tudo o que existe é Um. A separação é apenas uma ilusão, somente uma ferramenta que a Consciência criou para poder se auto-experimentar. Não existe separação. Tudo é Deus. Tudo é uma só Consciência manifestada. Logo, somos Consciência. Somos Presença. Somos Silêncio. Somos Paz. Somos aquilo que É, sempre foi e sempre será.
Alguns Professores são especialistas em apontar para esse ‘lugar’, para que cada um possa por si, experimentar, entre eles destaco: Mooji, Eckhart Tolle, Ramana Maharshi, Adyashanti, Veetshish Om, entre outros…
Deixo aqui a indicação de uma Palestra do Adyashanti, onde ele aponta diretamente para essa Percepção. Espero que gostem!
Bom Silêncio a todos!
Namastê!

Que todos os seres possam ser felizes!

Fotos do Retiro da Semana Santa
Vídeo sobre o Retiro