Fashion Revolution – Quem fez minhas roupas?

Olá, caro leitor, essa semana vamos falar sobre moda sustentável, estamos na semana do movimento global fashion revolution. Esse movimento nos faz uma pergunta; Quem fez as nossas roupas?

Uma pergunta simples, mas muitas vezes sem resposta.

O movimento iniciou em 2013 após o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh. Neste edifício funcionavam várias confecções de roupas internacionais. Quando ele desabou deixou mais de 1.134 mortos e cerca de 2.000 feridos, então o movimento começou com o propósito de transformar a indústria da moda, tornando-a mais ética e consciente e transparente.

Mas o que isso tem a ver com a nossa coluna, Passos para uma vida sustentável?

Vamos pensar assim: Os trabalhadores dessas confecções, em sua grande maioria eram mulheres e mães jovens. Elas trabalhavam em condições insalubres, sem valorização salarial, sem condições físicas ou psicológicas e muitas vezes a jornada de trabalho seguia entre 12  a 14 horas diárias. Eram pessoas como você e eu. Chegamos ao ponto chave: talvez você esteja usando uma roupa que foi produzida lá, no contexto de exploração das relações de trabalho. Você se sentiria bem vestindo essa roupa?

Eu, pessoalmente, não me sentiria bem sabendo disso e acredito que você, leitor, também não. Então o que podemos fazer para mudar essa realidade?

O movimento Fashion Revolution nos propõe questionar! Questionar nossas marcas preferidas, verificar como são produzidas as roupas, a que condições de trabalho seus funcionários são submetidos. (Acreditem, muitas multimarcas brasileiras têm processos de trabalho análogos à escravidão). Pesquise como é o funcionamento das empresas, a transparência dela em relação à sustentabilidade, aos seres humanos e a sua relação com a comunidade.

Questione-se, quem faz minhas roupas? De onde vêm os materiais dela? É mão de obra local? Usa matéria prima brasileira?

Dê prioridade para o que é feito no Brasil, valorize os nossos trabalhadores, valorize o local de produção, o artesanal, assim você estará incentivando uma mudança de hábito, tornando a moda mais justa, limpa e transparente!

Lembre-se, quando falamos em sustentabilidade nos referimos a vários setores, entre eles, o mais poluente do mundo, o setor da indústria da moda com o seu o plantio de algodão, o uso de água, a produção e o seu descarte têxtil, tingimentos e por fim até o descarte inadequado das peças.

Para fazer parte deste movimento você pode acessar as redes sociais e o site deste movimento. Durante essa semana vários eventos estão acontecendo, informe-se na sua cidade, em universidades e faça parte desse movimento, lutar por uma moda mais sustentável também é ajudar o mundo a ser melhor, a indústria da confecção é uma das maiores poluidoras do planeta, então repensar nossas atitudes pode contribuir para um mundo melhor.

Assim vamos encerrando mais essa coluna, faça a sua parte, são pequenos gestos que transformam o mundo.