O mundo te trata como você gostaria? E o que me diz dos homens da sua vida?
Bem, você faz o tipo poderosa ou boazinha? (Leia o post anterior)
E você?
Você se trata como gostaria de ser tratada? Dizem que o ‘mundo te trata como você se trata!’. E dizem também que ‘você se trata como seus pais te trataram’, você concorda?
Não há como negar que sua primeira relação foi com seus pais. Logo, sua primeira escola sobre relacionamentos foi sua família. A menina aprende a ser mulher, com a mãe, que representa as mulheres da família, e aprende o papel do homem com o pai. Por isto, ao olharmos estas questões, voltamos às nossas raízes.
Que tal uma reflexão cuidadosa? Volte à sua infância, e com os olhos de uma criança, lembre-se:
- Como foi o relacionamento dos seus pais?
- Como sua mãe desempenhava o papel de mulher e como o seu pai desempenhava o papel de homem?
Você, de algum modo, mesmo que veladamente, criticou seu pai, sua mãe ou o relacionamento deles? Você já fez alguma exigência aos seus pais? De algum modo, você já pensou: “quando crescer, eu farei melhor!“.
Agora, traga a mente os seus relacionamentos, você já transferiu para o seu parceiro estas exigências? Isto é tão comum. Pois é mais fácil amarmos uma imagem que temos do outro ou até a imagem que temos dos nossos sonhos, do que o outro propriamente dito.
Para se ter sucesso em amar o parceiro do jeito que ele é, é necessário dar um passo atrás e olhar para a própria família. Vamos observar um exemplo, que talvez não seja a sua história, mas servirá para você entender melhor estas ligações.
Imagine uma família, onde o pai bebe e bate na mãe. As crianças ao presenciarem estas brigas de casal, não conseguem se manter imparciais. É natural, que ao ver o sofrimento da mãe, elas se posicionem do lado dela. Com este posicionamento, elas deixam de ser pequenas e se tornam grandes como os pais. Aqui, cabe ressaltar, que um filho não precisa de um motivo tão grande para se posicionar do lado de um dos pais. Basta julgar que um está certo e o outro está errado.
Neste caso, houve transgressão de uma “lei do amor”, segundo Bert Hellinger, criador da Constelação Familiar. Assim, “o amor que cura é o mesmo amor que adoece”. Por amor, os filhos se posicionam do lado da mãe, “contra” o pai. E com este movimento, eles transgridem a “lei da hierarquia”. No próximo post, você entenderá as consequências disto.
A lei da hierarquia é a que diz que somos pequenos e nossos pais são os grandes. Afinal, nossos pais nos deram o bem mais valioso. Um bem tão grande, que por mais que desejemos, não conseguiremos retribuir a altura. Sempre haverá um desequilíbrio de trocas entre nós e eles, pois eles nos deram a VIDA. E diante da vida, todos os outros bens e exigências são pequenos. Por isto, diante deles permanecemos pequenos e eles, grandes.
Logo, a GRATIDÃO é o mínimo que podemos fazer para HONRÁ-los. E não importa se você foi criado ou não pelos seus pais. Não importa quaisquer circunstâncias ou ocorrências, nada muda o fato da vida ter chegado a você através deles. Não honrar os seus pais é o mesmo que não honrar a si mesmo. Pois metade de você é papai e a outra metade é mamãe. Esta verdade está escrita em cada célula do seu corpo, no DNA. Se você não honra seus pais, você não consegue tomar sua vida por inteiro.
Você honra seus pais ou faz exigências, mesmo que veladamente? Pense nisto…
Como seria constelar?