Ao sair para as compras nas lojinhas do centro, reencontrei uma querida conhecida. Uma boa oportunidade para colocar a “prosa” em dia, como se diz aqui em Minas. Ela me contou que ela estava bem melhor. Já tinha emagrecido 10 kg e que descobriu a causa da sua falta de disposição nos últimos meses, o diabetes, que agora estava sendo tratado.
Ela era uma pessoa totalmente saudável há 2 anos atrás e 20 kg mais magra, quando um grave problema familiar a “deixou na lona”. Brigas, tanto verbais como físicas, a esgotaram. Ela então foi diagnosticada com depressão e por isto começou a tomar antidepressivos. Os problemas familiares persistiram por mais um ano e ela me contou que demorou acertar o antidepressivo.
Mas agora ela estava mais confiante na sua melhora, e associou a melhora aos 5 medicamentos que tomava todos os dias. Os 10 kg, ela perdeu com a Sibutramina, o sono era garantido pelo Rivotril, a estabilidade emocional pela Venlafaxina, a pressão alta e o diabetes, tratados com antihipertensivo + diurético e antidiabético dos mais modernos. Ela me explicou que a crise familiar a fez perder o sono, engordar e acabou desenvolvendo hipertensão e diabetes. E ela ainda teve sorte, da tentativa de suicidio com os medicamentos prescritos não ter dado fim à sua vida. Ela não gostou do psiquiatra nem do endocrinologista do plano de saúde e optou por consultas particulares, e assim, em média, ela gasta quase um salário mínimo por mês de tratamento.
Ela tem apenas 35 anos.
Como Farmacêutica, sei que esta história é mais comum do que se pensa. A forma que ela encontrou para lidar com as consequências dos problemas familiares foram os medicamentos.
Considero o papel dos medicamentos e como eles são importantes para nosso bem estar. Mas ouvindo a história dela, não pude deixar de me entristecer ao pensar que a maioria das pessoas só conhecem este único caminho: ao invés de lidar com a dor da alma, apenas trata com medicamentos os efeitos dela.
Ter o privilégio que tenho de conhecer profundamente os medicamentos, assim como várias outras formas de lidar com a saúde me ajuda a ter uma idéia diferenciada de lidar com situações como esta. Foram anos observando os efeitos de vários terapias e só posso concluir que a ordem dos tratamentos, sem dúvida altera os resultados.
Para quem opta apenas pelos medicamentos, num primeiro momento parece que eles são a salvação. Mas quando começa, chega-se no absurdo de uma mulher jovem de 35 anos estar tomando 5 medicamentos diferentes para tentar ficar melhor. Um problema de saúde puxa outro, cada novo medicamento traz um novo efeito indesejado e foi este o caso dela, como o é de muitas pessoas.
Conhecendo os efeitos da Constelação Familiar, fico imaginando se ele tivesse constelado há 2 anos atrás. Quanta dor e sofrimento poderiam ter sido economizados. Não que a Constelação seja mágica, mas o fluxo de amor que ela restabelece tem um bom efeito sobre os sentimentos mais dolorosos. O SUS já reconhece a Constelação Familiar e outras abordagens terapêuticas, mas a maioria das pessoas ainda não faz idéia que elas existam.
Por exemplo, uma pessoa depressiva pode ter “certezas que a fazem sofrer” (ou crenças limitantes), como “eu não tenho valor”, “ninguém me ama”, “eu valho menos que os outros”, “eu sou feia”, … Estas crenças podem ser trabalhadas por várias técnicas como a PNL, a hipnose e a minha preferida, o TethaHealing.
A pessoa depressiva pode se sentir perdida, sem objetivos, sem ânimo, sem vontade… Uma abordagem que trata o físico, como a acupuntura ou homeopatia, pode ajudar a pessoa a sair deste estado. É incrível o efeito da primeira sessão de acupuntura, a pessoa já consegue minimizar a “agitação mental” ou seja, aquele fluxo de pensamentos acelerados e depressivos que só pioram o estado da pessoa.
E por que não um bom processo de Coach? Uma pessoa depressiva poderá descobrir que ela tem desejos a serem conquistados, que ela tem um propósito e uma missão a cumprir. Já vi muitos casos em que a depressão surgiu justamente por a pessoa se sentir perdida, sem rumo. E no momento em que ela descobriu que tinha talentos e começou a usá-los em benefício próprio e dos outros ela saiu do estado depressivo.
Será que minha conhecida teria desenvolvido o sobrepeso, insônia, diabetes e a hipertensão se tivesse conhecido e se aberto para outros caminhos terapêuticos?
Fica aí a reflexão!