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Memória:
Você certamente já se assustou com um “branco” de memória nas horas mais complicadas não é?
Afinal, o que é a memória?
A memória é um complexo mecanismo cerebral que tem a função de adquirir, armazenar e recuperar informações que recebemos através de estudos, vivências e experiências pessoais.
Nunca se falou tanto na perda de memória quanto nos últimos anos. O aumento dos diagnósticos (e publicidade) de Alzheimer levam muitas pessoas aos consultórios de médicos e psicólogos, preocupadas com a possibilidade de um esquecimento patológico.
A memória, para fins de estudos, é dividida em algumas funções:
–  Memória de Procedimento: é a que grava coisas que aprendemos por repetição ou por condicionamentos. Muitas vezes coisas complexas como andar de bicicleta ou dirigir. Somos capazes de executar essas tarefas enquanto pensamos em coisas bem diferentes.
– Memória Declarativa: lembrança de fatos que vivenciamos ou observamos, ou de conhecimentos adquiridos por aprendizagem verbal, escrita, sons e imagens.
– Memória de Trabalho: aquela usada para o momento em que aprendemos algo. Ela retém a informação por pouco tempo, enquanto é essencial para a compreensão de algo. Depois disso ou descarta a informação ou a envia para outro estágio.
– Memória de Longo Prazo: é o conjunto de nossas memórias, um “armazém” que guarda todas as informações que adquirimos. Guarda um número infinito de dados.
A memória é de extrema importância para o aprendizado já que é através da evocação de seu conteúdo que podemos fazer conexões entre informações que nos levam à evolução de um pensamento, de um conhecimento.
No que diz respeito à cognição, existem muitas técnicas que auxiliam o processo de aprendizagem, talvez falemos nisso em outra oportunidade.
A memória como função é executada por diversas partes do cérebro e exige um grande gasto energético.
Existe a tendência de que ela falhe com a idade, mas isso não é uma sentença. Hoje, com o envelhecimento da população, podemos observar um desempenho de memória excelente em muitos idosos.
Há estudos que recomendam atividades que exijam o uso da memória e da atenção para evitar a decadência das funções de recuperação de informações como ler, estudar, jogar, ou seja manter o cérebro em atividade.
Porém existem distúrbios cerebrais que causam lesões definitivas como é o caso do Alzheimer e outras doenças senis. A ciência vem crescendo muito em seus estudos para reverter quadros assim e vem tendo bons resultados.
Mas antes de achar que você tem uma grave e irreversível doença, é importante distinguir entre perda de memória e um breve esquecimento. Para isso, é preciso compreender que alguns fatores influenciam na retenção e na recuperação dos dados de sua memória:
– A idade é um fator de decréscimo da memória. Alimentação saudável, exercícios intelectuais e físicos vem sendo recomendados como prevenção.
– Interesse. Quando você gosta muito de alguma coisa você retém melhor as informações sobre o assunto e se for o caso, aprende com muito mais facilidade.
– Fatos traumáticos podem ser esquecidos por mecanismo de defesa.
– Álcool e outras drogas (inclusive algumas lícitas) prejudicam a memória.
– Estados depressivos em geral são acompanhados de problemas de memória.
– Stress constante.
– E o principal deles: falta de sono. É durante o sono que o cérebro “organiza” a memória, descartando dados menos importantes, armazenando outros e criando novas sinapses entre neurônios importantes para agregar dados (plasticidade).
E o que fazer para melhorar sua memória?
Pequenas falhas, os chamados “brancos”, são muito comuns, como dissemos acima, em períodos de ansiedade ou depressão, assim como quando sob efeito de drogas.
Eles são em geral pontuais e temporários. Se persistirem ou começarem a causar danos nos relacionamentos, no trabalho, na vida, procurar ajuda especializada é importante. Médicos e Psicólogos podem identificar se há necessidade de intervenção profissional.
Mas se você reconhece que a causa é o stress ou a depressão, foque no tratamento desses problemas.
Reavalie sua vida de forma global. O que você está fazendo que te faz bem? E o que te faz mal?
Você tem tempo para o lazer?
Não force seu cérebro a trabalhar sob efeito do sono. Não vai render…
Aprenda técnicas de relaxamento: através do corpo, você cria memórias de estados de bem estar que o cérebro recupera quando necessário.
Aprenda a meditar, a meditação melhora muito seu estado de atenção.
E… e…. ih! Esqueci!
Quando lembrar falamos mais.
Namastê

 (imagem: alexandreafonso.com.br)