As pessoas que conhecem o trabalho e história de vida da pintora mexicana, ou que pelo menos já tenham ouvido falar, tem consciência da sua paixão. Pela vida. Por tudo. Sabemos que ela teve grandes amores e desamores, e que seu parceiro de vida, entre idas e vindas, foi o também pintor mexicano Diego Rivera. Para quem ainda não conhece: Frida Kahlo.
Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón nasceu no dia 6 de julho de 1907 em Coyoacán, México.
Teve uma vida movimentada, em todos os sentidos.
Não se importava em adequar-se ao que a sociedade lhe exigia.
Vivia seus romances da maneira que lhe convinha.
Entregava-se com paixão àquilo que a que se propunha. Inclusive ao seu trabalho, neste em que ela teve de impor-se a todos para que o aceitassem.
Enfrentou desilusões amorosas e conflitos familiares, festejou com os amigos, impôs-se na política e na vida.
Inspirou pessoas à sua época e continua até hoje.
Teve seu coração partido, seu corpo, sua alma.
Mas seguiu, com garra, como todas nós.
Quando nos deparamos com histórias de grandes mulheres, as admiramos, inspiramo-nos, e no mais das vezes, também esquecemo-nos de nós. Também somos grandes. Também somos mulheres fortes. Também temos as nossas histórias. Ou não encontramos dificuldades na família? Dia a dia não temos de enfrentar a sociedade? É fácil ser mulher? Não. Porém é dolorosamente satisfatório permanecer de pé quando nos empurram para baixo. Não por eles, mas por nós.
E sim.. as coisas do coração. Dizem-nos que somos frágeis, mas temos de driblar o que sentimos com aquilo em que acreditamos. Ensinam-nos que devemos seguir respeitando e respeitando e respeitando.. até o dia quem que nos damos conta que devemos ser respeitadas. Temos os nossos limites, e mesmo com toda paixão que nos arde, repensamos. E nos cabe repensar quantas vezes forem necessárias para nos sentirmos seguras. Com alguém, sem alguém.
Frida Kahlo quis seu espaço com o seu trabalho.
Amou com paixão.
Fez-se ser ouvida.
Quebrou padrões.
E isso tudo não a salvou de sofrer em vida, por ser mulher.
Somos todas Frida Kahlo, algumas com a sorte do amor apaixonado (correspondido ou não), e as que não, ao menos carregam a paixão em si (ou o amor). Carregamos (?)
“Pés, para que os quero, se tenho asas para voar?” KAHLO, Frida.