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Seguidamente ocorre de pensarmos em como algo “é bom” ou “é ruim”. Quando alguém exprime esse tipo de julgamento de valor, assim como “é bonito” ou “é feio”, sempre reflito sobre o quanto isso é parcial. É a visão de alguém, tão válida quanto qualquer coisa. E por isso, tão desnecessária, afinal de contas, tudo pode ser relativizado – e este é o problema.

Quando passamos a perceber as coisas de uma forma mais global, a completude do todo nos relembra do quanto somos pequenos. E aí, questões banais simplesmente perdem a graça. Dispender energia em falar o quanto acha inadequado o penteado de fulana perde completamente o sentido. Afinal de contas, você acha inadequado, mas a fulana, pelo visto, acha bom. E daí? O que valida que sua opinião tenha mais importância que a dela? Você é “melhor”? O que te faz melhor? O que você conhece da vida desta pessoa? Sabe o que a leva a agir de um jeito ou de outro? O que é um cabelo frente ao ser?

Da mesma forma, quando ocorre um acontecimento, logo todos festejam ou desgraçam: “que lindo”! Ou “que horror”! Sempre me recordo de uma notícia que li nos anos 1990, em que um senhor, ganhador da loteria, comprara um helicóptero, e dois anos depois, ele e a família vieram a falecer em um acidente neste veículo. Se não tivesse ganhado na loteria, não teria helicóptero. Devemos perceber, então, a premiação como boa ou como ruim? Nem uma, nem outra. Ela foi o que foi: a possibilidade de uma família realizar diversos sonhos. Ela, per si, não é responsável por nada.

Por isso a necessidade de vivermos o momento presente, já que nunca teremos a noção do que vai acontecer. Ficar pensando em um eterno “e se…?” é apenas mais desperdício de energia. Existem situações que podem ser, sim, minimamente previstas, mas nunca seremos capazes de mapear todas as opções, em especial a longo prazo. Ainda, com relação às pessoas, devemos repensar estas pequenezas que ‘incomodam’, porque, em geral, aquilo que consideramos ruim, na verdade, não faz diferença nenhuma no mundo. Este pensamento excessivo nos engessa, imobiliza as ações, causa angústia e evita que melhoremos. Até alguém que é aparente algoz em um momento, pode ser revelado vítima no seguinte. Não julguemos. Lembremos que “a história só chega ao fim quando termina”.

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