É bem assim que nos sentimos quando o rumo que seguimos é o mais cômodo possível, falamos: foi essa a vida que restou para mim, eu nunca tive muita sorte, enfim, achamos que a vida que temos estava determinada antes da gente nascer e nada nem ninguém poderia mudá-la. Mas calma, eu acho que não é bem assim, não somos vítimas das circunstâncias, nos fazemos vítimas da situação a qual escolhemos viver.

Você já plantou uma goiabeira e colheu bananas? Alguma vez você ao menos tentou dar o primeiro passo em direção de um sonho que achava impossível? Não, né? E se tentou e não conseguiu você diz até hoje que aquilo não era para você, que era algo muito difícil de alcançar, ou seja, sempre arrumamos uma bela desculpa para tapear a nós mesmos, encobrindo os nossos fracassos ou a nossa disposição de enfrentar as adversidades que possam surgir ao longo do caminho.

Porque será que ele consegue e eu não? Será que é porque ele é mais merecedor do que eu, ou porque é uma pessoa de muita sorte? Nunca dizemos que é por nossa culpa, por falta de determinação e vontade. Criamos uma espécie de defesa própria.

Então o universo resolve te dar uma ajudinha, e de repente aquela oportunidade que você tanto queria estar ali diante dos seus olhos, te convidando para realizá-la, e o que você faz? Muitas vezes, ficamos paralisados e para nossa grande surpresa o que antes achávamos ruim, como por exemplo, o nosso trabalho, que era chato, não paga muito bem, meu chefe é insuportável, etc, isso tudo passa a ser bom entre aspas. Decidimos não arriscar, simplesmente por puro medo da mudança, medo de pisar em um terreno desconhecido. Surgem inúmeros pensamentos sabotadores.

Será que é isso mesmo? Todo mundo passa por isso em alguma fase da vida? Existe um tempo que evoluímos e acabamos despertando?

Devemos ter essa consciência, deixar velhas crenças de lado, buscar transformar certos medos em algo desafiador e com mais propósito. Ficar atentos aos sinais, porque para colhermos o que sempre desejamos, é necessário semear realmente o que queremos colher. Você nunca irá colher algo diferente daquilo que é plantado, por isso, mude seus atos para obter resultados diferentes do que você tem hoje. Permita-se.

 

 

Lane Lucena
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Psicanalista Clínica, pós-graduada em comportamento organizacional e gestão de pessoas. Especializações em psicopedagogia clínica e psicologia e saúde mental. Coach de escrita e Facilitadora de Práticas de Atenção Plena