Ansiedade não é a mesma coisa que o estresse, mas ambos estão pautados. O estresse é uma resposta aos estímulos externos diretos e desaparece quando você resolve o problema. Mas, ao contrário do estresse, a ansiedade é impressionantemente autossuficiente. Ela pode permanecer existindo, como um temor existencial que não vai desaparecer rapidamente.

Se você sentir aquele enorme alívio depois de terminar uma atividade muito importante no trabalho, é o estresse no local de trabalho indo embora depois de fazer a sua parte. Se, no entanto, você se sente frequentemente com um temor intenso quando pensa em seu trabalho, então isso é a ansiedade no trabalho insistentemente recusando-se a desaparecer.

Viver com um sentimento intenso de pavor exige energia. É como ter dois empregos. E qualquer um que já trabalhou em dois empregos sabe que o desempenho e a produtividade no trabalho sofrem uma defasagem. Nascemos programados para querermos nos sentir produtivos, porque esse tem sido nosso mister biológico há muito tempo.

Nas primeiras sociedades humanas, as pessoas improdutivas acabavam simplesmente morrendo. A escassez de recursos era um ultimato existencial, e a ansiedade em volta disso é uma herança evolutiva dos tempos mais difíceis. Mas nosso sistema nervoso ainda não desvendou isso.

Culpamo-nos o tempo todo por não entregar tudo que deveríamos com uma resposta ansiosa, então começamos a repetir a mesma ação. A ansiedade corrói as pessoas e sua produtividade no trabalho cai significativamente.

Aqui vai uma dica para você lidar melhor com a ansiedade:

Sempre que começar a sentir sintomas de ansiedade (medos irracionais, suor, tremor, lembranças ruins, preocupação demasiada, perfeccionismo, insônia, roer unhas, tensão muscular, dores, etc.), registre em um caderno de anotações:

  • Data/hora que começou a sentir os sintomas;
  • Que situação real, fluxo de pensamentos, devaneios ou recordações levaram a sentir tais sensações?
  • Quanto você acredita (0 a 100%) nesses pensamentos?
  • Qual a intensidade (0 a 100%) dessas sensações?
  • Quais suas respostas racionais a esses pensamentos?
  • Qual é a evidência de que o pensamento é verdadeiro?
  • Há uma explicação alternativa?
  • O que é o pior que poderia acontecer?
  • Eu poderia superar isso?
  • Qual é o efeito de eu acreditar no pensamento?
  • Se outra pessoa estivesse nessa situação e tivesse esse pensamento, o que eu diria para ele?
  • O que eu posso realmente fazer agora?

 

Com amor,
Lane Lucena
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Lane Lucena é apaixonada pela vida. Mãe da Maria Carolina, psicanalista clínica, pós-graduada em comportamento organizacional e gestão de pessoas, especializações em psicopedagogia clínica e psicologia e saúde mental. Idealizadora do Viva Sua Essência e do Psiqueanalise.com. Coach de vida e escrita. Criadora do “” – que utiliza o recurso da escrita expressiva e intuitiva como ferramenta do autoconhecimento e escritora do atual livro: “”.