Faz duas semanas desde a última postagem da coluna Coma Cores, e depois de pensar um pouco decidi ampliar um pouquinho (ainda que por pouco tempo) a periodicidade dos posts. Às vezes coisas aleatórias acontecem no meio do caminho e temos que tomar atalhos ou outros rumos.

Sem título

Foi o meu caso. Desde o mês passado tem acontecido muita coisa, ao mesmo tempo. Uma delas é a enfermidade que acometeu uma das minhas cadelas, bem idosa.

Mas, no olho do furacão, ainda aconteceu mais uma coisa: eu adoeci.
Eu que não pego gripes, que me cuido um monte.
Pois é. Acontece.

Na terça-feira, 29 de março, tive meu dia 0, ou melhor, minha noite 0. Cheguei em casa por volta das 20 horas e me senti febril. Não era uma febre baixa, mas como não tenho termômetro, acabei não medindo a febre. Tive uma noite insone. Na quarta-feira acordei muito mal. Procurei o serviço público de saúde, e lá suspeitaram de duas possibilidades: dengue ou H1N1. Detalhe, meu sintoma era apenas febre.

Fiz o teste rápido da dengue, que deu negativo e um hemograma (com PCR um pouco alto 4.2) e as plaquetas um pouco mais baixas que o normal (costumam ser 200.000 e estavam 148.000).

Minha febre persistiu até domingo, com muito mal estar.

Tanto as pessoas da minha família como o médico que consultei queriam que eu tomasse antibióticos. Diziam que não “fazia sentido esperar”. Mas pra mim fazia (se você tiver interesse vale ler esse texto sobre os impactos dos antibióticos na saúde).

Pela primeira vez na minha vida me senti segura o bastante para não tomar NADA, apenas um antitérmico antes de dormir, para que eu pudesse conseguir ter uma boa noite de sono. Continuei minhas caminhadas ao ar livre, não fiz repouso. Nada. A vida seguiu.

O corpo fez aquilo que foi criado pra fazer: usar seu sistema imunológico, reagir, melhorar.

Escrevo tudo isso, porque estou vendo um pânico, uma histeria e uma insanidade ligada a casos de gripe.

As pessoas não morrem “de gripe”, elas morrem porque não conseguem reagir: a vida artificializada, as comorbidades, a má alimentação, todos esses fatores agravam o quadro.

Ninguém que está vivo está totalmente seguro, mas cada vez mais tenho certeza de que ter uma vida em que “o alimento é o remédio” vale a pena. Também não estou dizendo pra ninguém ignorar as instruções médicas, mas sim para questionar, avaliar, usar o bom senso e não apenas vestir o senso comum 🙂

Saúde para vocês!