Centelha, por metáfora significa inspiração ou intuição súbita, um lampejo, uma luz. Por isso, com o propósito de inspirar as pessoas e homenagear todas as mulheres, neste mês especial, divulgaremos depoimentos motivacionais que nossa equipe escolheu com muito carinho…

Se você também conhece alguma mulher que te inspira por sua história de vida, modo de pensar ou viver, envie sua sugestão em nossos comentários e ajude a inspirar muitas e outras pessoas com o seu exemplo!

“Não sei dizer ao certo quando me tornei feminista. As vezes olho para trás e vejo atitudes minhas, ainda na infância, que podem muito bem ser definidas assim, mesmo em uma família tradicional e patriarcal.
Mas o momento do amadurecimento do meu feminismo eu sei muito bem: foi quando o sinal de positivo apareceu no teste de farmácia, confirmando minha gravidez.
Não sei exatamente o que ocorre com cada mulher quando descobre que será mãe, mas nada menos do que “intensidade” pode ser usado para definir esse momento.
Ali eu percebi que meus ideias, minhas lutas, meu ativismo, estavam finalmente tomando um sentido real. Eu preciso que o mundo seja melhor para que ela não tenha nunca seus direitos ou suas capacidades questionados pelo gênero. Que nada a defina por ser uma mulher.
Por isso, quando eu decidi que não furaria sua orelha ou que não a vestiria obrigatoriamente com a cor rosa ou que não usarias laços apertados (ou colados) na cabeça, não estava privando-a da dita “feminilidade”. No futuro ela poderá usar o que bem entender. Espero, porém, que suas escolhas venham a ser feitas com base no que realmente quer e não por influência de restrições sociais definidas a seu gênero.
Eu quero ensiná-la a amar seu corpo do jeito que é; a mostrá-lo ou escondê-lo quando e a quem bem entender; a não ter vergonha de suas curvas ou ausência delas.
Sei que meu feminismo não é capaz de, sozinho, mudar o mundo. Mas ele pode ajudar esse serzinho em formação a se sentir melhor em um mundo que ainda acha que criar um “dia da mulher” e oferecer flores é sinal de respeito e consideração por nosso gênero.”

 

Michele Meiato Xavier, feminista e mãe da Cecília.

Você pode conhecer o trabalho dela no Instagram: @minhacasacontainer