Todos os dias ouvimos falar sobre o quão ruins para nossa saúde os refrigerantes são. De obesidade a diabetes, vemos uma lista infinita de possibilidades.
Uma das alternativas que muita gente encontra é cortar o açúcar dos refrigerantes, mas até mesmo os diets podem ser perigosos para os nossos corpos, a começar pelos tipos de adoçantes que muitas marcas utilizam para substituir a glicose, que podem agir de forma muito pior.
Câncer
Refrigerantes de cola costumam levar em sua composição corantes de caramelo, a fim de dar a coloração característica destas bebidas. Mas em 2011, nos EUA, o Centro para a Ciência de Interesse Público, uma organização sem fins lucrativos, fez um pedido formal ao FDA (Food and Drug Administration, entidade governamental equivalente à Anvisa, e responsável por regular e liberar/barrar alimentos e medicamentos) para proibir o uso desse tipo de corante, por ele possuir dois componentes altamente cancerigenos: o 2-metilimidazole e o 4-metilimidazole. Outro argumento é que a coloração escura proporcionada é puramente estética, não havendo qualquer interferência no sabor.
Um projeto conhecido como The Proposition 65 List, que lista 65 componentes presentes em alimentos, medicamentos, solventes, etc., responsáveis por causar câncer, descobriu que 16 microgramas diários de 4-metilimidazole foram suficientes para o desenvolvimento de câncer em cobaias. Uma garrafa de refrigerante de cola tradicional, de 600 ml, costuma conter 200 microgramas da substância.
Interferência hormonal
Essa não vale apenas para os refrigerantes, mas para todos os produtos consumidos em latas de alumínio. Para evitar que os componentes ácidos dos produtos entrem em contato com o metal, a indústria de embalagens costuma utilizar uma camada interna de um material epóxi como Bisfenol A (BPA). O problema é que os alimentos reagem também com o BPA, e o consumo desses produtos contaminados causa severa alterações hormonais, além de estar ligado com casos de câncer, diabetes, obesidade e infertilidade.
Componentes à base de alimentos geneticamente modificados
Esse tema é recorrente nas últimas duas décadas, mas ainda não conhecemos todas as desvantagens dos alimentos geneticamente modificados – e boa parte dos refrigerantes tem em sua composição elementos provenientes do milho, cuja maioria das plantações utiliza as versões geneticamente modificadas. Algumas das patologias relacionadas ao consumo de alimentos desse tipo são câncer e severas reações alérgicas, além de serem constantemente relacionados à resistência à antibióticos.
Gordura em várias partes do corpo
Cientistas descobriram que o consumo de refrigerantes está ligado ao surgimento de gordura no fígado e nos músculos esqueléticos, o que leva ao desenvolvimento de resistência à insulina e diabetes. O estudo avaliou o consumo diário de refrigerantes ao longo de 6 meses, e os participantes viram aumentar em até 142% o nível de gordura no fígado e em até 221% nos músculos esqueléticos, além de uma elevação de mais de 30% nas taxas de triglicerídeos. Além disso, em relação ao grupo de controle, que bebeu leite e água, as taxas de colesterol no sangue aumentaram em mais de 11%.
Fonte da imagem: brooklynphotoshoot/Pixabay.