Retomando os assuntos dos mapas: o que são, como devemos trilhá-los, quais são os seus aspectos, positivos, negativos…entre outros caminhos.

Quando adquiro coragem e vontade para trilhar um caminho, é como uma porta que se abre e traz espontaneidades consigo. O mapa é um sistema, um território com os seus próprios jogos, regras e características. Por um lado, se sigo essas regras posso adquirir as promessas do caminho – por outro lado, seguir essas regras pode piorar mais ainda a minha situação de confusão e sofrimento.

Esses mapas meditativos e religiosos são complexos, elaborações de milhares de anos e claro : criados, renovados e sustentados pela imaginação humana. Não que sua origem não seja real, verdadeira e profunda, mas sim, que logo após o ocorrido, podem viram produtos do nosso consumo, das nossas fantasias, aspirações e medos.

Se resolvo seguir tais preceitos, praticar certos exercícios, me abster de algumas experiências devo sempre (ou sempre que possível) me lembrar que a sensação dessas práticas se materializam DENTRO de mim. Os outros? Bem, você provavelmente irá encontrar outros no mesmo caminho, também com suas visões pessoais sobre o mapa, fantasias, conquistas e medos. A troca é possível e necessária: “Comunicação” é o preceito principal da Evolução.

Mas e quando fico obcecado em puxar os outros pra dentro do território? O que acontece quando tensiono meu corpo tentando explicar que as ações de pessoas fora do mapa são ações ilusórias, erradas, ignorantes…?

De pessoas que SABEM, o planeta esteve sempre cheio, e sempre vai estar. É uma dinâmica que gostamos de materializar. Mas, nesse exato ponto da obsessão, das tensões, da pregação dos preceitos, eu me vejo totalmente perdido dentro do Mapa. Estou com tanta raiva que os outros não entendem, que começo a tremer minhas mãos e perco a paisagem linda que se apresenta na minha frente – paisagem do tempo PRESENTE. Que inclusive, faz parte das promessas do mapa: Estar no AGORA, estar PRESENTE e percepções desse estilo.

sombras

Esteja atento (mais uma promessa) em observar sempre suas projeções, seus medos, suas falhas e faltas nos outros. De certa forma, somos viciados nessas coreografias. Esteja atento em praticar o seu mapa e literalmente cuidar da sua vida. Isso vai te ampliar e  fazer você acessar os céus, o paraíso e geografias liberadas de ansiedades. Não como uma coisa solitária, e sim como um entendimento de que inicialmente faço a minha parte com esse corpo, mente, emoções e espírito – justamente os corpos que precisam ser trabalhados para:

Percorrer o mapa alegremente e se autocurar sempre. (:

Kaio Shimanski –

ins/fb: @kaioshimanski