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A história da música tem pérolas magníficas como o trecho abaixo de uma famosa e linda canção americana, trilha de um filme muito famoso.

 

Love is a many splendored thing

I’ts April rose

That only grows

In the early springs

Love is nature’s way of giving

A reason o be living

 

Tradução:

O amor é uma coisa esplêndida

É a rosa de abril que só cresce

No início da primavera

É a forma da natureza nos dar uma razão para viver

 

É lindo não? De um romantismo indiscutível, faz bem para a alma (como toda poesia e toda arte) e descreve aquilo que 99% dos humanos já sentiu um dia.

Mas preciso ser clara com vocês….

Respondendo a pergunta do título desta postagem, sou obrigada a dispensar toda a “beleza da coisa” e dizer que sim, paixão é uma forma de desequilíbrio emocional.

Ainda bem que ela não dura para sempre!

 

Você se reconhece assim?

 

É uma sensação muito angustiante, que mexe com todo nosso corpo

A respiração fica instável, a cabeça voa por aí ignorando nossos afazeres, suamos no frio, queremos abraços apertados em pleno verão tropical ao meio dia…

Mas é bom, sabemos. Especialmente quando é correspondida.

Mas como disse, ela acaba em no máximo um ano ou dois. O que fica depois é outra coisa, resultado da reconquista do equilíbrio e se chama amor.

E isso não é coisa de estraga prazeres.

O que diz a ciência sobre isso?

 

Hoje os neurocientistas já desenharam os mecanismos cerebrais que definem o estado de paixão e creiam, ele tem características muito parecidas com transtornos como a compulsão e a obsessão.

Sabe aquela coisa de não conseguir tirar o amado da cabeça? Do rádio que só toca músicas que o fazem lembrar da tal pessoa? Isso é a obsessão.

Aí vocês passam o final de semana inteiro juntos, mas na hora de se despedirem tem a impressão que os dois dias passaram em minutos e querem mais. Cinco minutos depois de separados já estão ao telefone e não querem desligar.   Querem sempre mais, como na compulsão (alimentar, por compras…)

E claro que todo mundo tem uma história de loucuras para contar, coisas que você faz sem se preocupar com o que vem depois, vale tudo e um pouco mais para provar sua paixão.

E tudo isso é consequência das alterações hormonais que acontecem no nosso cérebro!

É o excesso de dopamina (neurotransmissor responsável pelo prazer e pela recompensa) que te faz ficar ligado e super disposto a fazer até coisas de que não gosta, a rir de bobagens   .

A diminuição de outro neurotransmissor, a serotonina faz com que você tenha o mesmo tipo de pensamentos que alguém que sofre de transtornos obsessivos. Você só pensa na pessoa e em coisas relacionadas a ela.

Para completar, na região pré frontal do seu cérebro, responsável pelo controle dos impulsos, acontece uma pane que faz você tomar decisões impensadas, descontroladas, esquecendo tudo o que possa ser chamado de razoável…

Resumindo, se você se reconheceu aqui, saiba que você é um desequilibrado!

Mas passa. E deixa saudade….