FEMINISMO se tornou uma espécie de “palavra suja”. Recentemente, muitas mulheres famosas como Shailene Woodley, Meryl Streep e Marion Cotillard, andaram dizendo para todo o mundo que não são feministas. Existem grupos de mulheres intitulados como “Mulheres contra o feminismo”. Mas o que essas mulheres realmente estão dizendo ou querendo dizer quando declaram que não são feministas?

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  1. “Eu não odeio homens. Eu amo homens!”
  2. “Eu não acho que mulheres sejam melhores que homens!”
  3. “Eu não sou esse tipo de mulher, sabe, que queima sutiã, do tipo feminazi
  4. “Sou uma mulher legal”.
  5. “Eu não quero colocar mulheres acima dos homens”.

A título de esclarecimento, é importante discorrer sobre o que busca o movimento feminista, ou seja, o que significa ser uma mulher feminista: acredita e busca promover a igualdade de gênero nas atividades sociais e na economia a fim de garantir o efetivo fortalecimento da qualidade de vida das mulheres, com o intuito de materializar os seus direitos, acarretando em conquistas que lhes permite maior inserção nos mais diversos meios, incluindo aqueles considerados “masculinos”, resultando na maior autonomia da mulher. É a luta pela equidade de forças entre homem e mulher, para que esta assuma o papel de ser humano e não de fêmea[1], para que ela possa restabelecer o que foi desarraigado e sucateado com o passar dos séculos. Para Joan Scott, “a igualdade é um princípio absoluto e uma prática historicamente contingente” (2016, p. 15)[2].

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Joan Wallach Scott é uma historiadora Norte-americana, nascida em 18 dezembro de 1941 no Brooklyn. Na década de 1980 seu trabalho fora direcionado para a história das mulheres a partir da perspectiva de gênero.

Ou seja, odiar homens e ser feminista não está relacionado! É sobre equidade. Acontece que agora há um gênero com muito mais poder que outro. E já sabemos qual é, certo? Certo. E não há disputa de poder aqui, mas é evidente que estruturalmente e sistematicamente homens não são oprimidos pelo seu gênero, mas mulheres o são! (deixando claro os devidos recortes). Então caso você seja a favor ou se importe com algum/alguns destes temas:

  1. Direitos Reprodutivos.
  2. Pagamento Igualitário para o mesmo cargo.
  3. Diversidade corporal, em questão racial.
  4. Representatividade em publicidades e revistas.
  5. Acabar com a violência sexual.
  6. Mulheres em postos de poder: governo e empresas.

Que são, basicamente, a igualdade entre os gêneros, talvez – muito provavelmente – você seja feminista.

Você tem total liberdade para se identificar da forma que quiser, mas antes de atacar algo, é muito bom buscar o fundamento dele. A falta de informação tem nos cegado, tem nos feito agredir uns aos outros. Vamos tentar evitar isso, afinal, novamente, é pelo bem da coletividade.

A maior parte destas informações foram retiradas do link a seguir (obrigada Lara Pouchain por me mostrar), algumas partes são transcrições. Inclusive visite a página onde o vídeo foi postado, há conteúdo esclarecedor.

Link: https://www.facebook.com/empodereduasmulheres/videos/942098832530772/

Boa segunda feira.

 

[1] O homem é definido como ser humano e a mulher é definida como fêmea. Quando ela comporta-se como um ser humano ela é acusada de imitar o macho. Simone de Beauvoir.

[2] SCOTT, Joan W. O enigma da igualdade. Estudos Feministas, Florianópolis, 13(1): 216, janeiro-abril/2005. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/ref/v13n1/a02v13n1.pdf > Acesso em: 2016.