Como Pai, você é Protagonista ou Figurante?

 

Saiba, se um dia o seu espermatozoide fecundou um óvulo e a você foi dada a missão de ser pai,  noticio que o protagonismo já é teu. Basta escolher a maneira que a sua importância será notada. De forma positiva ou negativa, construtiva ou destrutiva.

E sabe de uma coisa, é tão exaustivo para a criança ter o pai como um vilão, que ao notar, a própria criança acaba o transformando em figurante, aquele que tem um papel secundário e meramente decorativo na vida do filho (a). Assim não dói. Então como defesa, essa criança que se tornará jovem e adulto,  escolhe então a indiferença como um sentimento que a protege do sofrimento.

Se a sociedade atual, configurada onde ambos os sexos trabalham fora, não perceber essa importância, e continuar centralizando tudo na mulher, em breve teremos índices mais altos de mulheres ocupando cadeiras psiquiátricas em defasagem com a saúde mental. É importante inclusive que as mães possam se abster um pouco da ideia de ser a única supridora em potencial desse filho (a). Essa fantasia vem por anos a fio, deixando as mulheres sobrecarregadas. O apego da exclusividade no exercício do cuidar vem gerando pais atrofiados e aleijados na função.

Homens podem aprender e cuidar muito bem de um (a) filho, alguns já o fazem. Concordamos que temos um caminho longo e de paciência nessa jornada, até por aspectos culturais. Até mesmo pelas próprias mães, de conseguirem incentivar os pais de seus filhos (as) a isso e em um movimento de cautela e não desencadear um conflito ou uma crise matrimonial.

 A questão aqui é delicada, mas não digna de silêncio. Seres humanos estão sendo gerados e reproduzidos em série, beirando a irresponsabilidade afetiva.

Não importando a configuração da família, se os pais são separados, se envolveu adoção ou se ambos os pais são do mesmo sexo.  O ato de ser e estar, é o suficiente para protagonizar.

Existe receita para ser um bom pai?

Não. Assim como não existe receita para ser uma boa mãe. Mas existem formas interessantes de investigar isso. A começar conhecendo o/a seu filho (a).

Seja lá qual for a sua dinâmica, a palavra de ordem é:
Presença.

Eu me refiro á presença real, e nem sempre é com presença física. Seu filho se sente interessante para você? Quando vocês estão juntos, existe qualidade no tempo? Você é um incentivador ou o desmotiva no diálogo. Você sabe a cor preferida dele (a), a comida que mais gosta e o gosto musical?

Alguns pais sabem tudo do seu time de futebol e não conhecem o (a) próprio filho (a).

Caso acabe optando em ser o figurante, saiba que já perdeu aí o protagonismo de sua própria existência.

Tudo bem recomeçar, só não deixe ficar tarde demais e o afeto esfriar, ocupe o seu lugar de pai, que é deveras especial.

Feliz dia dos pais!