Você já ouviu o termo “nutricionismo”? É a ideia de que as comidas não são nada mais do que a soma dos seus ingredientes individuais. Mas não se engane: nutricionismo é uma cilada bem fácil de cair. A realidade é que os alimentos são bem mais do que somente a soma dos seus nutrientes. Eles contém diversas substâncias (algumas conhecidas e outras ainda misteriosas) que podem afetar a nossa saúde de maneiras que a ciência ainda tem que descobrir.
As frutas por exemplo, não são somente cheias de frutose e as oleaginosas não são somente cheias de ácidos fáticos de ômega-6. Mesmo que ambos ingredientes – frutose e ácidos fáticos de ômega-6 – já tenham sido relacionados com problemas de saúde quando isolados, as comidas de verdade que os contém podem ter um efeito bem diferente. O mel é considerado não saudável por diversas pessoas, visto que ele contém açúcar – especificamente a frutose. Mas o mel não é só frutose, ele é muito mais. Ele é uma comida de verdade que tem sido acessível ao ser humano durante todos os anos de evolução, além de poder ser obtido de forma natural.
O mel é bom ou ruim?
As abelhas passeiam pelos campos para conectar os néctares das flores, que são líquidos ricos em açúcares. Produzir o mel através do néctar é um processo que se dá na colméia. É uma atividade que se resume a várias repetições de consumo, digestão e regurgitação (expulsão do alimento do trato digestivo). Alguns desses ciclos acabam se tornando o que chamamos de mel, mas a composição e as suas propriedades nutricionais dependem de onde vem o néctar ou seja, de quais flores estão ao redor da colmeia.
Estudos sobre desenvolvimento de doenças a partir do uso do mel
Existem alguns fatores que podem ser mensurados no sangue que servem como indicações de como está a sua saúde e quais doenças você pode vir a desenvolver no futuro. Colesterol, triglicerídeos e a glicose do sangue são alguns dos indicadores que podem te ajudar a prevenir doenças. Pessoas diabéticas por exemplo, possuem grandes problemas com esses indicadores. Em um estudo aleatório e controlado com 48 diabéticos, aqueles que consumiram mel por oito semanas perderam peso, diminuíram seus níveis de triglicerídios e de colesterol e aumentaram seus níveis de colesterol HDL. Porém a HbA1c (um registro de níveis de glucose no sangue) também aumentou, o que é ruim. Porém, mel ainda é algo melhor do que açúcar refinado e adoçante artificial.
Os antioxidantes do mel
O mel em seu estado in natura contém diversos antioxidantes que podem ter implicâncias grandes na saúde. Falando de maneira geral, os antioxidantes na dieta estão associados com o melhoramento da saúde e uma diminuição do risco de doenças.
Escolha o mel mais escuro
Como dito anteriormente, a composição do mel depende do ambiente no qual ele foi fabricado. Além disso os antioxidantes presentes no mel podem variar em 20 tipos. Porém, falando de uma maneira geral, o mel com tonalidade mais escura é melhor do que aqueles mais claros. Devo comer mel? Bom, essa é uma decisão inteiramente sua. Se você leva um estilo de vida saudável e não precisa perder peso, comer mal não irá lhe fazer nenhum mal e parece ser uma boa substituição ao açúcar. Porém, pessoas acima do peso, diabéticas e que consomem muita frutose e carboidratos devem evitar o mel quando possível. Essas pessoas podem consumir o mel em receitas, já que ele é um ótimo substituto para o açúcar.
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Excelente artigo.