Não é nova a alegoria de que a vida é como uma grande viagem: muitos sobem em determinada parada, outros descem, muitos realizam juntos alguns trechos e, assim como subimos neste trem em um determinado momento, chegará a nossa hora de descer. E, não posso deixar de salientar, será da mesma forma: sem carregar nada.
Quando mudamos o foco do pensamento para algo maior, ou seja, para a nossa limitação de tempo neste espaço comum que chamamos de planeta Terra, muitas coisas se revelam extremamente pequenas. Torna-se fácil olhar no entorno e perceber que temos muito mais do que precisamos. E ainda, que sempre temos aquilo que não usamos, e que podemos distribuir para quem faça melhor proveito. Não se trata de vender, mas de dar.
Pelo menos nos ambientes em que convivo, o termo ‘dar’ vem carregado de pré-conceito. A doação soa como algo quase pejorativo. Dá-se aquilo que está velho, feio. Se esta ideia não faz parte do seu cotidiano, que bom: doação não deve estar ligada a uma pseudo-posição de inferioridade de quem recebe.
Ter conforto, viver bem e, assim, poder ajudar os outros, é ótimo – desde que sem exageros. Basta analisar se você é escravo de seus bens pessoais; pondere sobre quem serve a quem. Por isso, olhe agora em seu local e busque um objeto, apenas um – seja novo, velho, usado, bonito, não faz diferença. Apenas interessa que você não o use mais. Então pegue-o e mentalize quem, nas suas relações, poderia estar precisando de um igual ou gostaria de tê-lo. Faça um pacote e entregue para essa pessoa. Vale enviar por Correios, levar em mãos, deixar na portaria do prédio com um bilhetinho.
Vai dar trabalho fazer esta entrega? Talvez. Porém considere a alegria de quem vai recebê-la. Passar pelo processo da entrega simboliza não só ato de levar o objeto, mas o de entregar um pouquinho de si mesmo. Certamente a alegria do processo será mais intensa do que a suposta alegria empoeirada que o objeto por si, um dia, trouxe para você.
Esvaziemos nossa mala para esta viagem ser mais leve. Quem sabe, neste caminho que fazermos, possamos também tornar mais leve a viagem dos outros. Pensando nisso, e agradecendo a você que chegou no final deste post, curta, compartilhe e me procure para ganhar um presentinho. Vai que tenho algo que possa te ajudar. 🙂
Linda e singela mas com uma força tal que nos impele à ação. Me congratula muito tua opinião e atitude, Jéssica querida! ?
Que bom que gostou! Fico muito feliz em poder contribuir, da forma que for, ou pelo menos plantar aquela sementinha de um jeito diferente de olhar o mundo. Obrigada pelo comentário, tia! beijos!