Eu sinto muito! Mas talvez você ainda não tenha se dado conta que seus pais também tenham o direito de errar!

Eu sei que eles deveriam ser especiais e pessoas especiais não deveriam cometer erros. Mas cometem!

Para um filho, os pais são pessoas diferentes das outras. Para uns, são como os super heróis, para outros, nem tanto. Mas de qualquer modo, eles são diferentes dos demais e, por isto, inaceitável que eles cometam erros.

Se você teve sorte, você foi educado por eles. Assim, eles apontaram seus erros, corrigindo você. E como você foi uma criança que precisava ser corrigida, a conclusão foi lógica, que você veio com defeito e erros, não é mesmo!? E se você não tinha o direito de errar, seus pais também não, não é!?

Quando somos crianças, chegamos a algumas conclusões que carregamos para a vida inteira, mas nem por isto elas estão corretas. Nunca fomos um erro, nem tampouco, nossos pais estavam certos o tempo todo. Aqueles que amadurecem de fato, percebem, que assim como eles, seus pais também erram, e isto é o natural, comum, normal. Não tem nada de mais nisto.

É uma necessidade básica do ser humano ter o direito de errar. E quem não entende este direito básico, inclusive dos seus pais, nunca cresce.

Mas o que temos, são muitas exigências de como os nossos pais deveriam ser. Numa pesquisa rápida no Google por exemplo, encontramos algo assim:

“Ser mãe não é apenas trocar fraldas, aquecer mamadeiras ou lutar com as papinhas. Isso é apenas o começo; é nesse momento que uma mãe se dá conta de que é capaz de fazer qualquer coisa pelo seu filho. Ser mãe significa mudar a sua vida, seu tempo, seu pensamento, dar todo o seu coração, seu amor para levar seus filhos adiante e ensiná-los a viver.”

Mas e se sua mãe não for nada parecido com isto?

A pior coisa que existe no nosso tratamento com nossa mãe é o fato de nós lhes negarmos o direito de ser apenas uma mulher comum. Muitas pessoas pensam que as mães deveriam ser como Deus, sem falhas e sempre disponíveis para elas. Mas elas não veem a realidade da vida e permanecem crianças para sempre. Não conseguem crescer.

O preço disto é muito sofrimento. Dentre este sofrimento, aquele que não tem êxito com a mãe, não tem êxito com a profissão; aquele que não tem êxito com o pai, não tem êxito com o dinheiro. Assim como a mãe é a face do sucesso profissional, o pai é a amplitude e o que nos permite ir além. Nossa coragem de embarcar no mundo e no que ele oferece é um espelho da nossa relação com o nosso pai. Se nos sentimos fracos e despreparados, é possível que tenhamos que olhar para nosso pai e aceitá-lo, recebê-lo verdadeiramente em nosso coração.

Bem, mas o que fazer para desatar este nó?

Podemos começar com um exercício bem simples da Constelação. Feche os olhos, se imagine como uma criança pequena diante do seu pai e sua mãe.  Centre-se!

Olhe para sua mãe e diga mentalmente: Dispenso-te das minhas expectativas de que seja melhor do que as outras mulheres.

Olhe para o seu pai e diga mentalmente: Dispenso-te das minhas expectativas de que seja melhor do que os outros homens.

Depois abra os olhos e note se seu corpo ficou mais leve ou mais pesado. Se ficou mais leve, você fez um bom exercício e liberou algo.

Se perceber que ainda falta algo para ser trabalhado neste sentido, você poderá fazer uma constelação.

Continuamos no próximo post…

Comente o post, deixe sua opinião e suas dúvidas, será uma satisfação respondê-las.

Um carinhoso abraço.

Lara Silva